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terça-feira, 29 de março de 2016

Caraúbas RN: Com barras de ferro, presos têm pulmão e pescoço perfurados

Cadeia Publica de Caraúbas (Foto: Divulgação/PM
Uma briga na Cadeia Pública de Caraúbas, cidade da região Oeste potiguar, terminou com dois presos feridos no início da tarde desta segunda-feira (28). Segundo a direção da unidade, um dos detentos foi socorrido para Mossoró com um dos pulmões perfurados por uma barra de ferro. Outro, atendido em um hospital da própria cidade, sofreu um corte profundo no pescoço. Ambos, no entanto, não correm risco de morte.

Diretora da cadeia, Ivna Benevides contou ao G1que os presos se digladiaram durante o horário de almoço. "Alguns detentos, que pertencem a uma facção criminosa, partiram para cima de outros que não querem fazer parte do grupo. Houve uma briga e dois ficaram feridos”, relatou.
Ainda de acordo com Ivna, o preso com o pulmão perfurado foi submetido a uma cirurgia no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. Pelas informações que recebi, vai sobreviver. O outro, que foi socorrido para o Hospital Regional Dr. Aguinaldo Pereira, aqui mesmo em Caraúbas, escapou por muito pouco. Ele sofreu um corte no pescoço que quase atingiu a veia jugular", detalhou.
No dia 16 de agosto do ano passado quatro presos foram mortos na Cadeia Pública de Caraúbas. Antônio Edigleidson de Souza, de 27 anos, Genilson Bezerra de Oliveira, de 36, Gledstone Clementino Araújo, também de 36 anos, e João Paulo Silva Dias, de 38, sofreram golpes de barras de ferro e facadas.
Segundo a polícia, o confronto começou por causa da transferência de um interno que fazia parte de uma facção para uma ala que é dominada por um grupo rival. Após as mortes, uma séria de confrontos envolvendo as duas facções resultou em outras mortes em várias unidades prisionais do estado.
Ao longo do ano passado, 28 homens morreram dentro de unidades carcerárias do RN. Deste total, 25 foram assassinados ou encontrados enforcados, mortos em condições suspeitas. Outros dois morreram soterrados após o desabamento de um túnel na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta. E ainda teve o caso de um adolescente que morreu ao ser baleado em uma unidade para cumprimento de medida socioeducativa durante uma tentativa de resgate no Ceduc de Caicó. Os números são da Coordenadoria de Análises Criminais da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Este ano, sete detentos já morreram dentro de unidades prisionais mantidas pelo Estado.
Calamidade
O governo do Rio Grande do Norte renovou por mais seis meses o decreto de calamidade no sistema prisional potiguar. A renovação, assinada pelo governador Robinson Faria, foi publicada na edição do dia 17 de março do Diário Oficial do Estado (DOE). O documento diz que a renovação tem por objetivo "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do seu normal funcionamento".

Fonte G1 RN

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